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Síndrome Metabólica

O termo Síndrome Metabólica descreve um conjunto de fatores de risco metabólico que se manifestam num indivíduo e aumentam as chances de desenvolver doenças cardíacas, derrames e diabetes. 

A síndrome metabólica tem como base à resistência à ação da insulina, daí também ser conhecida como síndrome de resistência à insulina. Isto é: a insulina age menos nos tecidos, obrigando o pâncreas a produzir mais insulina e elevando o seu nível no sangue.     

Sensibilidade à insulina


Alguns fatores contribuem para o aparecimento: os genéticos, excesso de peso (principalmente na região abdominal) e a ausência de atividade física. O diagnóstico é dado quando três ou mais fatores de risco estiverem presentes numa mesma pessoa. Veja, a seguir, quais são eles:


Fatores de Risco

Grande quantidade de gordura abdominal - Em homens cintura com mais de 102cm e nas mulheres maior que 88cm.

Baixo HDL ("bom colesterol") - Em homens menos que 40mg/dl e nas mulheres menos do que 50mg/dl.

Triglicerídeos elevado (nível de gordura no sangue) - 150mg/dl ou superior

Pressão sanguínea alta - 135/85 mmHg ou superior ou se está utilizando algum medicamento para reduzir a pressão

Glicose elevada - 110mg/dl ou superior.


Ter três ou mais dos fatores acima é um sinal da presença da síndrome metabólica.

Síndrome metabólica - fatores de risco e critérios


Quem tem risco de desenvolver a síndrome?

Segundo as pesquisas uma em cada cinco adultos nos Estados Unidos tem a Síndrome Metabólica. No Brasil estima-se que 2 milhões de pessoas se enquadrem nos critérios de diagnóstico.


Fatores de risco para síndrome metabólica

A síndrome metabólica é mais comum nos pacientes que apresentam as seguintes características:


Idade acima de 40 anos.

Menopausa (nas mulheres).

Maus hábitos alimentares (dieta rica em carboidratos e gorduras saturadas).

Tabagismo.

Sobrepeso (IMC acima de 25 kg/m2) , calcule Seu IMC: www.drmarlonrangel.com.br 

Sedentarismo.

História familiar de diabetes.

     

A maioria das pessoas que tem a síndrome metabólica sente-se bem e não tem sintomas. Entretanto, elas estão na faixa de risco para o desenvolvimento de doenças graves, como as cardiovasculares e o diabetes.


Implicações clínicas da síndrome metabólica

Pacientes que preenchem critérios para síndrome metabólica apresentam um elevado risco de desenvolverem várias doenças potencialmente graves. As duas mais importantes são o diabetes mellitus tipo 2 e a doença coronariana. Na síndrome metabólica o risco de desenvolvimento do diabetes é de 3 a 5 vezes maior que na população em geral e de infarto é duas vezes maior.


Qual tratamento?

O aumento da atividade física e a perda de peso são as melhores formas de tratamento, mas pode ser necessário o uso de medicamentos para tratar os fatores de risco. Entre eles estão os medicamentos que ajudam a baixar a açúcar no sangue, os medicamentos para pressão alta e os para baixar a gordura no sangue. 

Além do controle da glicemia, é importante lembrar que existem algumas outras condições que devem ser tratadas e que “andam” junto com o DMT2, como a hipertensão arterial e as doenças das gorduras do sangue, como o colesterol e os triglicérides.


Cirurgia Metabólica

A cirurgia, também conhecida como cirurgia da obesidade, ou, popularmente, redução de estômago, reúne técnicas com respaldo científico destinadas ao tratamento da obesidade e das doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por ele. O conceito de cirurgia metabólica foi incorporado há alguns anos pela importância que a cirurgia adquiriu no tratamento de doenças relacionadas a obesidade – como o diabetes.

Para estes pacientes, o modelo indicado deve ser o de derivação gastrojejunal em Y-de-Roux (também chamado de bypass gástrico), técnica que consiste na redução do estômago e desvio de parte do intestino.

Nos casos de contraindicação desse modelo, será permitida a gastrectomia vertical, tipo de cirurgia que transforma o estômago em tubo, diminuindo seu tamanho.


Como evitar a síndrome metabólica?

Lembre-se, perder peso e praticar alguma atividade física são as melhores formas de prevenir e tratar a Síndrome Metabólica. Detectar o problema pode reduzir o aparecimento de futuras doenças cardíacas. Além disso, você terá tempo de mudar seu estilo de vida, evitando o desenvolvimento de diversas complicações.

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